Notícias - Abertura da Safra da Maçã e da Uva 2019

16/02/2019 Agricultura Abertura da Safra da Maçã e da Uva 2019
O governador Eduardo Leite (PSDB) abriu oficialmente as safras da maçã e da uva, neste sábado, 16, na região dos Campos de Cima da Serra. Em três momentos e pouco mais de quatro horas, ele percorreu alguns quilômetros para enfatizar a força das duas culturas que empregam milhares de pessoas, abastecem os mercados interno e externo e fortalecem a economia gaúcha. Leite também recebeu reivindicações e pode conversar com empresários e produtores. “Não estou aqui prestigiando nada, muito pelo contrário, vim colher informações e depoimentos para governar o Estado com todo o conhecimento necessário”, discursou, em almoço no CTG Porteira do Rio Grande, em Vacaria.
Antes de falar sobre uva e maçã, Leite fez questão de dar duas notícias importantes para a população de Vacaria. Ele anunciou que será efetivada a cedência de 90 hectares da área da extinta Fepagro para a ampliação do Distrito Industrial 3. O terreno pertence ao Estado e os trâmites foram concluídos na sexta, 15. "Eu determinei agilidade nesse processo e, portanto, a demanda da Prefeitura está sendo atendida, para abrigar novas indústrias e, consequentemente, gerar desenvolvimento, emprego, renda e arrecadação para o município e para o Estado. Isso deve ajudar a superar o problema fiscal do governo", explicou.
O governador também respondeu a um questionamento do prefeito Amadeu de Almeida Boeira (PSDB), sobre os repasses para a área da Saúde. “Desde julho, não recebemos mais um centavo”, desabafou Boeira. “Se tudo correr bem, a partir de março, esta situação começará a ser normalizada”, garantiu Leite.
O almoço foi oferecido pela Associações Gaúcha de Produtores de Maçã (Agapomi) e pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Em seguida, a comitiva do governador, composta por prefeitos, secretários, deputados estaduais e federais, além do vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, do secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho e do senador Luis Carlos Heinze (PP), seguiu para o pomar de José Sozo, presidente da Agapomi, em Monte Alegre dos Campos. Lá, uma colheita simbólica deu por oficializada a safra 2019.
De acordo com Sozo, o Rio Grande do Sul colhe 45% das maçãs brasileiras, com área plantada de 14 mil hectares, distribuídos em 26 municípios. São pelo menos 550 pequenos, médios e grandes produtores. Os Campos de Cima da Serra detém a maior parcela, com 88% da produção gaúcha e 37% da nacional.
Também segundo a Agapomi, a colheita deste ano será um pouco menor, se comparado a 2018. A expectativa é colher 470 mil toneladas, enquanto no ano passado, foram 490 mil toneladas. Mas o fruto está com melhor qualidade. O Estado é o maior exportador de maçãs do Brasil, cujos principais compradores são a Europa e a Ásia.
Após colher maçãs, Eduardo Leite foi até a nova unidade da Vinícola Campestre, acerca de 10 quilômetros de distância do centro de Vacaria, na BR 116. Lá, um complexo inspirado nos vinhedos europeus está sendo montado e a produção de uvas já está a pleno vapor.
O Ibravin estima que o Rio Grande do Sul tenha colhido colheu 663,2 milhões de quilos de uva, destinados à produção de sucos, vinhos e espumantes, em 2018. Quase 30 milhões de quilos foram produzidos nos Campos de Cima da Serra. O Instituto informa que a safra de 2019 deve ter uma redução de 10%, por causa das chuvas e do granizo.
Eduardo Leite lembrou que os parreirais ocupam quase 50 mil hectares no Rio Grande do Sul, responsável por 90% da produção nacional. A atividade movimenta R$ 3,5 bilhões por ano no estado e envolve, diretamente, 15 mil famílias de pequenos agricultores. Já são 138 tipos de uva cultivadas no Estado.

Texto: Jota Junior
Dados: Agapomi e Ibravin
Fotos: Maicon Maciel


Data: 16/02/2019
Por: Departamento de Comunicação Social
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